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21/09/2023

21/09 - DIA MUNDIAL DA DOENÇA DE ALZHEIMER

No Brasil, onde o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer foi instituída pela Lei nº 11.736/2008, estima-se que existam 1,2 milhão casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico e, no mundo, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a Doença de Alzheimer.

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

 

ESTÁGIOS

A Doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

  • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;

  • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;

  • Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;

  • Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Obs.: essa divisão em fases tem caráter meramente didático e, muitas vezes, sintomas classificados em diferentes fases se mesclam em um mesmo período.

PREVENÇÃO

 

É bom lembrar que quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, chamadas neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. 

Portanto, o estilo de vida é muito importante para a prevenção da doença, quanto mais mudam-se os hábitos, mais fácil é minimizar o problema.  Algumas formas de prevenção não só do Alzheimer, mas de outras doenças crônicas são:

 

  • Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa;

  • Fazer exercícios de aritmética;

  • Jogos inteligentes;

  • Atividades em grupo;

  • Não fumar;

  • Não consumir bebida alcoólica;

  • Ter alimentação saudável e regrada;

  • Fazer prática de atividades físicas regulares.

PESQUISAS

 

Foi realizada uma pesquisa por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh do porque algumas pessoas desenvolvem a doença de Alzheimer enquanto outras não. E, de forma ainda mais intrigante, por que muitos indivíduos cujos cérebros estão repletos de agregados tóxicos de amilóide.

“Nosso estudo argumenta que testar a presença de amiloide no cérebro juntamente com biomarcadores sanguíneos de reatividade dos astrócitos é o rastreamento ideal para identificar pacientes com maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Isso coloca os astrócitos no centro como principais reguladores da progressão da doença, desafiando a ideia de que o amiloide é suficiente para desencadear a doença de Alzheimer.” Tharick Pascoal, autor sênior do artigo

Com isso, conseguiram chegar a conclusão de que:

  • A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa caracterizada por perda progressiva de memória e demência.

  • O acúmulo de placas de amiloide e emaranhados de tau é a marca registrada da doença de Alzheimer.

  • Por décadas, acreditava-se que o acúmulo de placas de amiloide e emaranhados de tau era não apenas um sinal, mas também a causa direta da doença.

  • Isso levou os fabricantes de medicamentos a focarem em moléculas que visam o amiloide e a tau.

  • No entanto, outros processos cerebrais, como o sistema neuroimune, podem ter contribuições significativas para a doença de Alzheimer.

TESTE SANGUÍNEO

Descobertas recentes de grupos como o de Pascoal sugerem que a interrupção de outros processos cerebrais, como a inflamação cerebral aumentada, pode ser tão importante quanto o próprio acúmulo de amilóide para iniciar a cascata patológica de morte neuronal que causa rápido declínio cognitivo.

Em sua pesquisa anterior, Pascoal e seu grupo descobriram que a inflamação do tecido cerebral desencadeia a propagação de proteínas patologicamente mal formadas no cérebro e é uma causa direta de comprometimento cognitivo eventual em pacientes com doença de Alzheimer.

Agora, quase dois anos depois, os pesquisadores revelaram que o comprometimento cognitivo pode ser previsto por meio de um exame de sangue.
Os astrócitos são células especializadas presentes em abundância no tecido cerebral. Eles fornecem suporte às células neuronais, fornecendo nutrientes e oxigênio e as protegendo de patógenos. No entanto, como as células gliais não conduzem eletricidade e, a princípio, não pareciam desempenhar um papel direto na comunicação entre os neurônios, seu papel na saúde e na doença foi negligenciado.

Os cientistas testaram amostras de sangue de participantes de três estudos independentes envolvendo idosos cognitivamente saudáveis em busca de biomarcadores de reatividade dos astrócitos — a proteína ácida fibrilar glial, ou GFAP — juntamente com a presença de tau patológica.

O estudo mostrou que apenas aqueles que foram positivos tanto para amiloide quanto para reatividade dos astrócitos mostraram evidências de desenvolvimento progressivo de patologia da tau, indicando predisposição a sintomas clínicos da doença de Alzheimer.

As descobertas têm implicações diretas para futuros ensaios clínicos de candidatos a medicamentos para o Alzheimer. Ao visar interromper a progressão da doença mais cedo, os ensaios estão avançando para estágios cada vez mais precoces da doença pré-sintomática, tornando o diagnóstico precoce correto do risco de Alzheimer fundamental para o sucesso.


 

Fontes: https://encurtador.com.br/aqtzR 

https://encurtador.com.br/oEKPX 

https://encurtador.com.br/CI578 

 

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