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15/11/2023

AD scientific index - o que é e como o Brasil está posicionado?

Sobre o ranking: 

AD scientific index - Alper Doger Scientific Index-  é um ranking baseado em performance científica e o valor agregado à ciência por cientistas individuais, diferentemente de outros sistemas que avaliam revistas e universidades. Inaugurado em 2021, os professores Murat Alper e Cihan Doger usaram  os dados dos últimos 6 anos extraídos do google scholar.

O ranking avalia cientistas de 11 áreas, sendo elas: agricultura & floresta, artes, design e arquitetura, negócios e administração, economia e econometria, educação, engenharia e tecnologia, história, filosofia, teologia, direito/ estudos legais, ciências da saúde e medicina, ciências naturais, ciências sociais e outros. É possível explorar a partir das áreas de conhecimento, das mais de 20 mil instituições, pelos países, regiões ou considerando o mundo todo. 

A metodologia utilizada pretende aumentar a transparência e visibilidade dos cientistas e das áreas, tendo feito com que inúmeros cientistas ao redor do mundo atualizassem seus dados e removessem informações não comprovadas de seus perfis, por exemplo. 

 

Análise do Brasil e do Mundo 

De acordo com AD Scientific index, o Brasil se localiza em 16° lugar no que se refere a produção de conhecimento científico no mundo, atrás de Estados Unidos, Canadá, Itália, China, entre outros. Entretanto, no que diz respeito aos 100 melhores no mundo individualmente aparecem 5 sul-coreanos, 3 chineses, 2 argentinos, 1 marroquino, 1 australiano e 1 grego. Não há brasileiros entre eles. Também não há brasileiros entre os 200 maiores, embora sejam 3 os argentinos presentes, e dos BRICS existam 4 chineses, um indiano e um russo. 

Como já dito acima, o ranking considera o valor agregado por cientistas individualmente, sendo elencado como o melhor do país, 7° lugar na América Latina e 259° no mundo: o professor doutor Luiz Mundim da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), estudioso da área de física e ciências da Natureza. Sendo o primeiro brasileiro a aparecer no ranking internacional. 

 

No que se refere à produção de conhecimento em relação à tecnologia o Brasil não aparece entre os 20 primeiros, o primeiro brasileiro a aparecer no ranking, e, portanto, o de conhecimento mais relevante do país é Paulo Artaxo, professor doutor também em física pela Universidade de São Paulo. Sua colocação é 3864° lugar. 


 

No que diz respeito ao Brasil, a área de maior destaque é a de Medicina e Ciências da Saúde. Tendo como destaque centros de pesquisa e difusão como o próprio CRID. 

 

Quanto aos dados brasileiros:

Apesar das colocações, podemos inferir de acordo com os dados que dentre os 10% melhores no mundo: 2964 são brasileiros. Considerando o fato de ser uma análise global, o resultado poderia ser pior… tal como poderia ser melhor. Entraves no que diz respeito à distribuição de recursos em todas as etapas do aprendizado refletem o baixo destaque brasileiro apresentado neste ano. 

O Brasil investe consideráveis quantidades de dinheiro em educação, entretanto estas aplicações são mal executadas, ocasionando, por exemplo, na decrescente vontade dos jovens universitários em seguirem carreira acadêmica, uma vez que as bolsas de estudo fornecidas são muitas vezes incompatíveis com as necessidades e esforços aplicados por essas pessoas. 

Além disso, é notável que nossas universidades e cientistas, tal como exemplificado no ranking, tem mais espaço para produzirem conteúdos teóricos do que para os aplicarem em produção de tecnologia, evidenciando o quanto a ciência ainda fica muito restrita ao meio acadêmico e poderia impactar mais expressivamente a vida das pessoas. 


 

fontes: https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/contraponto/confira-por-que-o-brasil-nao-tem-universidades-e-cientistas-entre-os-maiores-do-mundo-470170/ 

https://www.adscientificindex.com/country-ranking/

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