24/02/2017
Discussão de Artigo Científico – 06-03
DIA: 06/03/2017 (segunda-feira)
LOCAL: Sala de seminários II – Prédio Central – FMRP
HORÁRIO: 11:00 horas
“Complement pathway amplifes caspase-11–dependent cell death and endotoxin-induced sepsis severity”
Sepse é uma condição inflamatória sistêmica, iniciada após a exposição do organismo a um patógeno. O cenário pró-inflamatório criado durante a sepse, desencadeia a produção exacerbada de citocinas pró-inflamatórias, o qual tem sido associado a um péssimo prognóstico ao paciente. É sabido que, mediadores pró-inflamatórios, como IL-6, são produzidos após a ativação da caspase-11. A literatura tem sugerido que, o sistema complemento tem um papel importante no processo inflamatório mantido durante a sepse. Um artigo recente publicado no The Journal Experimental Medicine (2016) demostrou que, a carboxipeptidase B1 (Cpb1), uma proteína do sistema complemento, induz a expressão da caspase-11; modula positivamente a expressão de citocinas pró-inflamatórias e, amplifica a sinalização mediada pelo IFN-aR. Em geral, carboxipeptidase B1 cliva C3a em C3a-desArg que ativa o receptor C3a (C3aR). Macrófagos C3aR-/- tratados com LPS, reduz a expressão gênica de caspase-11, IL-6 e TNF. Adicionalmente, ao serem tratados com IFN-b reduz a expressão do transcrito caspase 11 e NOS2 (gene dependente da sinalização IFN-aR), no entanto, o tratamento com IFN-g parece não afetar na expressão dos genes supracitados. Tem sido descrito que a ativação de C3aR pode amplificar a MAPK. De fato, macrófagos C3aR-/- após a exposição ao LPS reduz a fosforilação da p38 MAPK, assim como os tratados com IFN-b. Estes eventos indicam que, a p38 MAPK pode ser o ponto de convergência entre estas sinalizações. Para reforçar a hipótese que, Cpb1 modula a severidade instaurada durante a sepse, camundongos expostos ao LPS foram tratados com um antagonista do receptor C3a. Os dados apresentados demonstram que o nível de IL-6 no sangue é reduzido após o tratamento. Em virtude do que foi mencionado, o sistema complemento parece contribuir para a produção acentuada de citocinas pró-inflamatórias estabelecido no percurso séptico, além disso, os autores o apontam como possível alvo terapêutico.
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