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13/04/2016

Discussão de Artigo Científico – 18/04/16

DIA: 18/04/2016 (segunda-feira)

LOCAL: Sala de Seminários II – Prédio Central – FMRP

HORÁRIO: 11:00 horas

Artigo

Transplante de células estromais derivadas da medula óssea como terapia alternativa para o tratamento da dor neuropática

O tratamento da dor neuropática, desencadeada por lesões no sistema nervoso central ou periférico, é um desafio clínico, visto que a patogênese deste estado de hipersensibilidade é muito complexa, envolvendo alterações estruturais e neurofisiológicas desde o local da lesão até os gânglios da raiz dorsal, medula espinal e cérebro. Atualmente, não existem fármacos que possam tratar a dor neuropática de uma forma completa e definitiva. As células estromais da medula óssea (BMSCs) são uma população de células progenitoras de origem mesodérmica que estão presentes na meula óssea de adultos e são capazes de se diferenciar em diversos tipos de tecidos. Além disso, estudos recentes demonstram que estas células produzem uma gama de mediadores antiinflamatórios, sendo capazes de reduzir a rejeição de enxertos, bem como os sintomas clínicos em indivíduos portadores de doenças auto-imunes. O estudo publicado por Chen e colaboradores, no Journal of Clinical Investigation,  teve como objetivo avaliar se BMSCs seriam capazes de reduzir o desenvolvimento e manutenção da dor neuropática, bem como os mecanismos pelos quais essas células atuariam neste contexto. Demonstrou-se que a administração intratecal de BMSCs culminou em efetiva redução de marcadores de dano neuronal, bem como em acentuada redução da produção de mediadores inflamatórios, suprimindo efetivamente a aloidinia e hiperalgesia em animais submetidos a diferentes modelos de neuropatia. Os efeitos antinociceptivos foram mediados primordialmente pelas altas concentrações de TGF-B1 produzido por esta subpopulação, sendo que, quando as células foram privadas de produzir esta citocina, os efeitos antinociceptivos foram abolidos. Diante dos resultados obtidos, sugere-se que o transplante de BMSCs possa ser uma terapia alternativa efetiva para o tratamento da dor neuropática.

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