24/05/2016
Discussão de Artigo Científico – 30/05/16
DIA: 30/05/2016 (segunda-feira)
LOCAL: Sala de Seminários II – Prédio Central – FMRP
HORÁRIO: 11:00 horas
Linfócitos do tipo TH17 apresentam um papel importante na defesa contra patógenos extracelulares. A deficiência na produção dessas células leva a um quadro de maior suscetibilidade a infecções por estes agentes. Todavia, uma resposta exacerbada pode levar a um processo inflamatório crônico e desencadear um processo de autoimunidade, combinado ou não com fatores genéticos, ambientais e da resposta imune. As funções efetoras de células TH17 depende das citocinas produzidas pela mesma. A função contra fungos ou bactérias extracelulares, por exemplo, depende da produção de IL-22 e IL-17, que atuam nos seus receptores presentes em células epiteliais e podem recrutar neutrófilos, a partir da produção de CXCL-8, e pela produção de peptídeos antimicrobianos. Os peptídeos antimicrobianos são produzidos por células epiteliais e tem um papel importante na proteção contra agentes infeciosos como as bactérias. Esses peptídeos, como a LL-37, podem formar poros na membrana de bactéria, além de se ligar ao DNA liberado da mesma, ativando células da imunidade a produzir citocinas que vão contribuir com eliminação desta. A IL-26, uma citocina pertencente à família da IL-10, pode se ligar a células epiteliais e apresenta semelhança estrutural a dos peptídeos antimicrobianos, portanto regiões catiônicas e hidrofóbicas, que reconhecem e se ligam com maior afinidade a parede carregada negativamente de algumas bactérias. Essa estrutura, combinada com a capacidade de formar multimeros, diferencia a IL-26 de todas as outras citocinas até aqui descritas. A IL-26 pode ser produzida por fibroblastos, Células NK, Macrófagos alveolares e recentes estudos mostram as células TH17 como as principais produtoras dessa citocina. Esse trabalho publicado na Revista Nature Immunology, em julho de 2015, mostrou então, que assim como a LL-37, a IL-26 recombinante ou produzida por células TH17 pode formar poros em diferentes espécies de bactérias, levando a morte dessas colônias. A IL-26 também tem a capacidade de se ligar ao DNA extracelular liberado pelas bactérias com rupturas na membrana. Esse complexo imunogênico IL-26-DNA liberado, é endocitado por células dendríticas plasmocitóides via receptores heparan sulfato proteoglicanos, e ativa a célula dendrítica a produzir interferon alfa via receptores do tipo toll 9, presente nos endossomos dessa célula, contribuindo para o clearance bacteriano. A IL-26 também reconhece DNA de células humanas, em casos de morte, e leva a célula dendrítica plasmocitóide a produzir Interferon alfa pelos mesmos mecanismos citados anteriormente, porém essa produção de Interferon alfa pode estar associada com aumento do dano tecidual e pode contribuir com o processo de autoimunidade.
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