27/10/2024
Outubro Rosa
O Outubro Rosa é um movimento mundial de conscientização sobre o câncer de mama, uma doença complexa e multifatorial. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), este é o segundo tipo de câncer com maior incidência em mulheres do país e o primeiro em taxa de mortalidade.
Além da conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, um entendimento mais profundo sobre os mecanismos por trás do desenvolvimento e progressão do câncer de mama é essencial para buscar melhores estratégias de prevenção e tratamento. Um desses mecanismos envolve a inflamação crônica, um processo que pode desencadear e agravar o desenvolvimento tumoral.
A inflamação é uma resposta natural do corpo para combater infecções e reparar tecidos. No entanto, quando ocorre de forma crônica, a inflamação pode contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças, incluindo o câncer de mama. Estudos indicam que o microambiente tumoral, muitas vezes composto por células inflamatórias e moléculas pró-inflamatórias, pode criar condições ideais para o crescimento e a metástase de células cancerosas .
Segundo um estudo publicado na Nature Reviews Cancer, citocinas inflamatórias – proteínas responsáveis pela sinalização entre células – são altamente expressas em tecidos com inflamação crônica e em muitos tipos de tumores. Essas citocinas, como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e a interleucina-6 (IL-6), atuam promovendo a proliferação e sobrevivência das células tumorais .
No câncer de mama, a inflamação crônica tem o potencial de estimular mutações genéticas e alterações no DNA, permitindo que células cancerosas evitem o sistema imune e se espalhem para outras partes do corpo. Esse processo é conhecido como evasão imunológica e ocorre devido à supressão das células de defesa, como as células T, que seriam responsáveis por combater essas células anormais .
Medidas preventivas, como uma dieta equilibrada, redução no consumo de alimentos ultraprocessados e prática regular de exercícios físicos, têm se mostrado eficazes na redução da inflamação e, possivelmente, na diminuição do risco de câncer de mama e outras doenças crônicas como a obesidade. Além disso, o abandono do tabagismo e a redução do consumo de álcool são outras práticas recomendadas para evitar a inflamação crônica e diminuir o risco de câncer. A prática de um estilo de vida saudável é uma das formas mais recomendadas para reduzir a probabilidade de desenvolvimento de câncer, conforme estudos recentes sugerem.
O autocuidado e a realização de exames preventivos são fundamentais para a detecção precoce do câncer de mama, especialmente em mulheres com histórico familiar da doença, que têm risco aumentado. Segundo o Ministério da Saúde, a mamografia é recomendada como o principal exame para identificar alterações suspeitas em mulheres a partir dos 40 anos. No caso de mulheres com histórico familiar, o acompanhamento médico regular é ainda mais importante, pois permite um monitoramento adequado e personalizado. Além dos exames, manter hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas e evitar o consumo excessivo de álcool, também são medidas recomendadas para diminuir os fatores de risco relacionados ao câncer de mama e preservar a saúde ao longo da vida.
Referências
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/mulher_cancer_mama_brasil_3ed_rev_atual.pdf
https://www.nature.com/articles/s41392-021-00658-5 https://ninho.inca.gov.br/jspui/bitstream/123456789/17002/1/Controle%20do%20c%c3%a2ncer%20de%20mamano%20Brasil%20-%20dados%20e%20n%c3%bameros%202024.pdf
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