Pesquisa científica avança nos países de baixa e média renda

A distribuição geográfica da pesquisa científica está passando por uma transformação significativa. Dados recentes apontam para um crescimento expressivo no número de autores provenientes de países de baixa e média renda (LMICs, na sigla em inglês) contribuindo para a literatura científica internacional.

Em 2004, apenas 9 países contavam com mais de 50 mil autores em artigos científicos, considerando a afiliação institucional informada nas publicações. Entre eles, apenas um LMIC: a China.

Dez anos depois, em 2014, o número de países com essa representatividade mais que dobrou, chegando a 18 — dos quais 6 eram LMICs: China, Índia, Brasil, Rússia, Irã e Turquia.

Agora, em 2024, a tendência de expansão continua. São 25 os países que ultrapassam a marca dos 50 mil autores, com um total de 11 países classificados como LMICs: China, Índia, Brasil, Rússia, Irã, Turquia, México, Malásia, Egito, Paquistão e Indonésia.

Esse movimento reflete a ampliação da base global de pesquisa científica e destaca o fortalecimento da produção acadêmica em países emergentes. A participação crescente desses países tem implicações importantes para o desenvolvimento científico internacional, contribuindo para a diversificação de temas, perspectivas e prioridades de pesquisa.

A análise foi publicada pelo Prof. Carlos Henrique de Brito Cruz, Vice-Presidente Sênior de Redes de Pesquisa na Elsevier. A versão animada do gráfico com a evolução dos dados pode ser acessada em: [https://lnkd.in/esed6XZx](https://lnkd.in/esed6XZx).