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08/11/2022

Pesquisadores do CRID identificam ação das células imunes da meninge no desenvolvimento da dor neuropática

Pesquisadores do CRID identificam ação das células imunes da meninge no desenvolvimento da dor neuropática por meio da elevação da via metabólica da quinurenina.

 

A dor neuropática é uma das consequências clínicas mais importantes da lesão do sistema somatossensorial, contudo seu tratamento se torna um desafio já que os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no desenvolvimento da dor neuropática são pouco compreendidos. Os pesquisadores do CRID, descobriram que não ocorre o desenvolvimento da dor neuropática quando a via metabólica da quinurenina é bloqueada farmacologicamente. 

 

O estudo publicado na revista The Journal of Clinical Investigation, demonstrou que células do sistema inume, as células dendríticas, expressam a enzima inicial da via metabólica da quinurenina, chamada indoleamina 2,3-dioxigenase  (IDO1). E que após a lesão no nervo ciático, essas células se acumulam na região da leptomeninge (região das meninges) e levam ao aumento da quinurenina na medula espinhal. Na medula espinhal, a quinurenina é metabolizada pelos astrócitos que expressam a quinurenina-3-monooxigenase em um metabólito pronociceptivo, a 3-hidroxiquinurenina, levando assim ao desenvolvimento e manutenção da dor neuropática. 

 

Esses dados revelaram um novo papel das células dendríticas na condução do desenvolvimento da dor neuropática através da elevação da via metabólica da quinurenina. Este novo paradigma oferece novos alvos potenciais para o desenvolvimento de medicamentos contra esse tipo de dor crônica. 

 

Esse estudo foi realizado pelos pesquisadores Alexandre Maganin, Guilherme Souza e Miriam Fonseca que dividem a primeira autoria, e demais colaboradores sob a supervisão do professor Thiago Cunha com apoio da FAPESP.  

 

O artigo “Meningeal dendritic cells drive neuropathic pain through elevation of the kynurenine metabolic pathway in mice” pode ser encontrado em https://www.jci.org/articles/view/153805

 

Autor do texto: Alexandre Maganin

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