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20/05/2025

SpiN-TEC conclui fase 2 e reforça promessa de vacina brasileira eficaz e acessível

A ciência brasileira acaba de alcançar um novo marco no enfrentamento à pandemia de COVID-19. A vacina SpiN-TEC, desenvolvida por pesquisadores brasileiros, concluiu com êxito a fase 2 dos ensaios clínicos, demonstrando segurança, imunogenicidade elevada e a indução de resposta imune celular robusta. O avanço representa um passo estratégico para a consolidação de uma vacina nacional eficaz contra a COVID-19 e suas variantes, com perspectivas concretas de incorporação ao calendário de reforços vacinais.

A vacina é resultado de uma articulação entre instituições públicas de excelência: o Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas/UFMG), o Instituto René Rachou da Fiocruz Minas e o Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ. A produção de proteínas recombinantes ficou a cargo da empresa Immunologicals, em parceria com a Funed.

A SpiN-TEC utiliza uma formulação inovadora com duas proteínas virais: a Spike (S) e a Nucleocapsídeo (N), esta última altamente conservada entre diferentes cepas do SARS-CoV-2. Essa escolha estratégica amplia a especificidade vacinal e permite uma resposta imune mais abrangente, inclusive contra variantes emergentes. Outro diferencial é a indução da imunidade celular eficiente, com ativação de linfócitos TCD4+ e TCD8+, células centrais para a contenção viral e redução da gravidade da doença.

A fase 2 dos testes clínicos envolveu 320 voluntários entre 18 e 85 anos, com dados que confirmam baixo índice de eventos adversos e resposta imunológica robusta. A vacina apresenta ainda vantagens logísticas importantes, como a estabilidade em temperatura de 2 a 8 °C por até dois anos, o que facilita a distribuição em regiões com infraestrutura limitada.

A fase 3, com previsão de início em 2026, contará com cerca de 5.300 voluntários e múltiplos centros de pesquisa em todo o país. A expectativa é que, se confirmados os dados de eficácia, a SpiN-TEC esteja disponível para uso populacional até 2028.

O Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID/FMRP-USP) parabeniza os grupos envolvidos e destaca a importância da SpiN-TEC como exemplo bem-sucedido de ciência colaborativa, com foco em soluções de impacto direto para a saúde pública. O avanço reafirma a relevância da pesquisa translacional, da autonomia tecnológica e da articulação entre Universidades, Institutos de Pesquisa e petor produtivo.

 

 

 

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