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09/09/2019

Um estudo QSAR de novos derivados da cafeína com atividade anticâncer

A cafeína tem atividade estimulante sobre o sistema nervoso central, músculo cardíaco e secreção de ácido gástrico. A sua atividade é relativamente benéfico quando usado em doses moderadas, mas em doses excessivas estimula indevidamente o sistema nervoso central causando muitas vezes acentuado quadro de insônia e irritabilidade. Por estas razões, o desenvolvimento de novos estudos para a utilização de cafeína se torna importante. O câncer epitelial melhor conhecido como câncer de pele é caracterizado pelo crescimento descontrolado de um grupo de células de um organismo, e esta patologia é principalmente o resultado de alterações genéticas, fatores ambientais e estilo de vida. Este tipo de câncer é muito incidente no mundo e toda a população é suscetível.

 

Recentemente pesquisadores em parceria com USP/UNIFAP realizaram um estudo para propor novos derivados da cafeína com atividade anticâncer epitelial usando métodos de química quântica e análise multivariada (PCA, HCA, PLS e PCR). O resultado do PCA mostrou que os descritores relacionados aos compostos com atividade anticâncer foram: área (A2), distância do radical 1 (dR1), distância do radical 3 (dR3), coeficiente de partição do radical 1 (logPR1) e coeficiente do radical 3 (logPR3). O resultado de HCA mostrou resultados similares àqueles obtidos com PCA, e os compostos foram agrupados de acordo com as suas atividades biológicas. Os resultados obtidos com os modelos PLS e PCR foram próximos com variação entre os modelos de R2=±0.005, R2ajust=±0.1998, s=±0.0053, F(5,27)=±49.2261, Q2=±0.012, SEV=±0.0117, PRESS=±0.0473 e SPRESS=±0.0087. O modelo PLS mostrou que oito compostos do conjunto teste (37 e 40-46) foram preditos para serem mais ativo, e eles tiveram valores de ICT50<0.48mM. Contudo, o modelo PCR somente sete compostos do conjunto teste (33-36, 38, 39 e 42) foram preditos como mais ativo apresentando valores de ICT50³0.48mM. Entretanto, os compostos 37, 40, 41, 43, 44, 45 e 46 foram os que apresentaram valores de ICT50<0.48mM em ambos os modelos PLS e PCR, sugerindo que esses novos compostos nos dois modelos são mais potentes do que a cafeína podendo ser testados para atividade anticâncer epitelial. Esta estratégia é fundamental para uso em sínteses, avaliação biológica e entender os requisitos estruturais para a concepção de novos ligantes como agentes anticancerígenos.

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