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07/04/2023

Conheça Rita Tostes, professora entrevistada pelo G1!

Conheça Rita Tostes, chefe da Farmacologia da USP Ribeirão!

Em entrevista cedida ao G1, pesquisadora do CRID fala sobre sua trajetória, inspirações e “Virginias na Ciência”. 

Quem é Rita Tostes?

A professora Rita de Cássia Aleixo Tostes Passaglia é mestre e doutora, formada em farmácia devido a acasos da vida (sua primeira opção era jornalismo), se apaixonou pela área e hoje tem como enfoque a hipertensão arterial e diabetes. É membra também da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e foi listada como uma das principais mulheres que protagonizam ciências no Brasil. 

Natural de Brodowski, cidade na região de Ribeirão Preto, onde trabalha hoje em dia, teve como inspiração duas mulheres: sua mãe e sua professora. Ambas a fizeram entender que não deveriam haver limitações para o seu desenvolvimento só por ser mulher. “Até hoje, eu nunca fiz ou deixei de fazer nada pensando nisso”, diz a cientista. 
 


 

A carreira acadêmica 

Na entrevista cedida ao G1, Rita fala um pouco sobre seu desejo inicial de fazer jornalismo e como foi parar na farmácia: Podia ter sido qualquer outro curso que eu tivesse colocado porque queria fazer jornalismo e queria ter uma ideia de como eu iria no vestibular, relata. A garantia da 49° vaga de 50 do curso de farmácia na melhor faculdade da América Latina a levou a realizar o curso. Dentro dele, professores a ajudaram a direcionar seu destino rumo a uma carreira científica, concluindo então seu mestrado, e depois, doutorado em ciência biológicas, mais especificamente farmacologia na USP Ribeirão Preto.

Em 2009, chegou a ocupar a cadeira de professora titular da Faculdade de Medicina da USP,  profissão que exerce até hoje, sendo, também, em 2017 nomeada titular da Academia Brasileira de Ciências. Em 2020, foi elencada como uma das 250 cientistas mais infuentes do país pelo projeto Open Box, do Instituto Serrapilheira que se baseou na quantidade de artigos publicados em revistas, prêmios, participação e organização de eventos científicos. 

Inclusão na universidade

Dentro do ambiente acadêmico, as mulheres começam sendo maioria, mas conforme o grau de especificidade e prestígio vai crescendo, os índices vão se invertendo, sendo constatadas entre os cargos de professoras titulares e representantes de departamento apenas 20% de mulheres. Tendo alcançado um cargo de liderança relevante no departamente de Farmacologia, a professora considera fundamental fomentar a cultura de inclusão e respeito com os recursos que tem ao seu alcance. 

"Nem sempre as pessoas que estão em cargos de liderança querem tomar essas atitudes, porque elas deixam algumas pessoas, geralmente aquelas que praticam algum tipo de discriminação, desconfortáveis", afirma Rita para o G1. 

O que foi o Virgínias da Ciência? 

Em meio à pandemia do COVID 19, Rita e mais três amigas decidiram fundar um podcast que desse espaço para as mulheres cientista, nascendo então o projeto Virgínias da Ciência. O nome foi dado em homenagem à escritora Vírginia Woolf, uma das primeiras a escrever sobre discriminação de gênero. 

O podcast teve 32 episódios distribuídos em duas temporadas, disponíveis no site: https://www.virginiasdaciencia.com.br/ . Infelizmente, o projeto se encontra paralisado desde 2021, mas tem planos de retornar as atividades quando possível. “Eram pessoas que realmente enfrentaram muitas dificuldades. Por exemplo, eu lembro de uma pesquisadora negra que era da área de matemática, onde tem pouquíssimas mulheres, e várias das coisas que ela ouviu são totalmente desestimulantes e inverdades”, relembra a professora, ressaltando a importância da iniciativa. 

 

Quer saber mais sobre a reportagem?
Assista à entrevista!

https://globoplay.globo.com/v/8701836/ 

 

Fonte: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2023/03/29/rita-tostes-integrante-da-academia-brasileira-de-ciencias-revela-que-decidiu-estudar-farmacia-por-acaso.ghtml 

 

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