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21/01/2021

Defesa de dissertação de aluno do CRID

Nosso organismo está a todo momento sendo exposto aos mais diversos tipos de microrganismos, como bactérias, fungos, parasitas e vírus. Esses microrganismos tentam a todo momento invadir nosso corpo, contudo possuímos um sistema de defesa, chamado sistema imunológico. Na grande maioria das vezes nosso sistema de defesa é capaz de conter os invasores, contudo, alguns indivíduos que apresentam doenças que comprometem o funcionamento do sistema imune, como imunodeficiências, câncer, e outras, possuem dificuldades em controlar infecções. Quando isso ocorre os invasores conseguem se multiplicar o que pode ativar o sistema imunológico para tentar controlar a infecção, gerando uma resposta muito forte para matar esses microrganismos. Essa resposta leva a sepse, que consiste em uma ativação do sistema imunológico muito forte logo após uma infecção. Essa resposta inflamatória, na tentativa de matar os invasores, acaba gerando lesão aos órgãos e células do próprio corpo, o que irá prejudicar a pessoa infectada, podendo levar a morte. A lesão em células leva a liberação de componentes que não deveriam ser encontrados normalmente fora dela, um exemplo disso é o nosso DNA. Fora das células o DNA pode ser reconhecido por nosso sistema de defesa, potencializando a resposta do sistema imune. Nós demonstramos que pacientes com sepse possuem uma grande concentração de DNA circulante no plasma, e que esses DNAs são oriundos principalmente das NETs (redes de DNA liberadas por neutrófilos) e do DNA presente no número das células. Essas células possuem diversas moléculas responsáveis por reconhecer DNA, como o STING. Nós observamos que os neutrófilos, uma importante célula do nosso sistema de defesa, quando estimulados com DNA são capazes de produzir redes de DNA (NETs) que possuem uma série de moléculas capazes de matar microrganismos, mas também podem causar dano. Nós também observamos que animais deficientes para o receptor STING morrem menos quando submetidos ao modelo de sepse, e que esses animais possuem menos bactérias e DNA circulante, além de possuírem uma menor inflamação e diminuição na lesão de órgãos. Esses mecanismos podem levar a novos entendimentos de como ocorre a doença em humanos e quem sabe futuramente a novas terapias para melhora do quadro desses pacientes.

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