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09/03/2021

Ieda, Diva e Kátia: Mais de 35 anos dedicados à Ciência



“Sou muito feliz por ter tido essa trajetória, ter convivido com muitas pessoas que se tornaram amigos. Ganhei e continuo ganhando muita experiência de vida, e vou continuar este aprendizado até onde for permitido.”   Ieda

“Sou esposa, dona de casa, mãe do Arthur e mãe de muitos alunos que por aqui passaram.... Sou imensamente feliz com minha vida! Me considero uma mulher plenamente realizada.”   Kátia


Hoje vamos conhecer nossas técnicas Ieda, Diva e Kátia. Dentre tantas outras funcionárias que poderíamos mencionar, elas estão conosco há mais de 35 anos! Além de suas atividades profissionais (que exercem com excelência), cuidam de todos nós, e suas vidas pessoais se fundem à história do laboratório e da Ciência brasileiras. São mulheres incríveis!

Diva, não importa o que aconteça, está sempre feliz e brincando com todos. A Katinha sempre tem um abraço, uma solução pros problemas e um remedinho pra nós na bolsa. A Ieda, além de amiga, é um exemplo profissional e participou de algumas das publicações mais importantes do prof. Sérgio H. Ferreira, um dos maiores cientistas do Brasil. 

 

Como temos feito, elas mesmas nos contarão um pouco sobre suas experiências...

Sobre Ieda:

Em junho de 1984, cheguei à Faculdade de Medicina em busca de um trabalho, sem saber que algum tempo depois se tornaria minha profissão.

Comecei a trabalhar quando estava no ensino médio, em uma época em que o trabalho exercido por mulher era pouco valorizado. Fui chamada para substituir um homem que estava deixando o laboratório. Ao chegar na FMRP (Departamento de Farmacologia), conheci meu futuro chefe, prof. Dr. Sergio Henrique Ferreira. Em uma conversa, me deu a oportunidade de mostrar se eu iria atender às necessidades do laboratório; caso atendesse eu poderia ficar. Eu não tinha ideia de como era o trabalho, mas precisava do emprego, e aos poucos fui aprendendo com outro técnico e com os alunos de pós-graduação. Desde lá, passaram-se 36 anos.

Nesse tempo abracei a oportunidade, me aperfeiçoando cada vez mais. Uma delas foi trabalhar com o método de Randall e Sellito modificado pelo prof. Sergio; um método difícil, realizado por poucos e que exigiu muito tempo de treinamento, mas que por fim gerou muitos trabalhos publicados e defesas de teses. Passei pelas fases da carreira começando como auxiliar de laboratório, depois como técnica e finalmente como Especialista em laboratório na função de Bióloga. 

Tenho gratidão por muitas pessoas que passaram na minha vida nesses longos anos. Foram muitos aprendizados e muita troca de experiência. Tenho uma gratidão especial pelo prof. Sergio Ferreira, que acreditou que eu poderia desenvolver as funções necessárias em algo tão importante como a pesquisa cientifica, e que não me tratava mais como uma funcionária do laboratório, me chamava carinhosamente de FILHA, me dando sempre muitos conselhos sábios. Mas, nem tudo são flores. Após 30 anos de convívio diários, infelizmente, houve o seu falecimento. 

*Você pode saber mais sobre a vida do professor Sérgio Ferreira, um dos maiores cientistas brasileiros, neste links:  http://www.abc.org.br/membro/sergio-henrique-ferreira/ e https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Henrique_Ferreira 

Hoje, continuo trabalhando em um grupo de grandes pesquisadores que lutam por formar outros grandes profissionais que são os alunos de pós-graduação. Parte do legado criado pelo Prof. Sergio Ferreira, que fizemos questão de continuar, que é a publicação mensal da Revista Eletrônica “Dor on Line” (www.dol.inf.br). Sou muito feliz por ter tido essa trajetória, ter convivido com muitas pessoas que se tornaram amigos. Ganhei e continuo ganhando muita experiência de vida, e vou continuar este aprendizado até onde for permitido.

Ieda e o professor Sérgio Henrique Ferreira. Muito mais que um chefe, ele se tornou um pai pra ela.


Sobre a Kátia:

Como filha de funcionários da USP, nasci e cresci dentro da Universidade. Há 39 anos comecei a trabalhar como técnica de laboratório, desempenhando as mais diversas atividades. Tive a oportunidade de trabalhar com os professores Dr. Greene, Martins, Maria Cristina Salgado, Sérgio Ferreira e atualmente, com o professor Fernando Cunha. Há alguns anos, assumi o que foi um grande desafio em minha carreira: o setor de compras do laboratório do professor Fernando, no CRID. Sou esposa, dona de casa, mãe do Arthur e mãe de muitos alunos que por aqui passaram.... Sou imensamente feliz com minha vida! Me considero uma mulher plenamente realizada.



Matéria realizada por: Andreza Urba, Laboratório de Inflamação e Dor - CRID & Flavio Martins, CRID - Difusão e Ensino
Fotos do arquivo CRID: (1) Rosemeire Narozny Ribeiro, Seção de Documentação Científica - FMRP/USP e (2) Enviadas pelas entrevistadas.

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