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08/03/2021

MULHERES DO CRID : Conheça a Lili

Hoje vamos conhecer nossa querida Lili. Alegre e divertida, faz sempre a diferença onde chega. Mas ninguém imagina a história linda que ela tem!



“Decidi ser cientista... como forma de emancipação, libertação e empoderamento... Foram muitos obstáculos: ser mulher, agrestina e estudante de escola pública me impôs muitas barreiras. Mas a persistência, as políticas de inclusão, o conhecimento e a Ciência me fazem acreditar na possibilidade de um novo mundo, mais seguro e inclusivo para mulheres e meninas.”

Elidianne Aníbal (Lili) é pesquisadora do CRID. Formada em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco, começou seu mestrado no CRID, orientada pelo professor Thiago Cunha. Logo, seu mestrado foi convertido à doutorado direto. Hoje ela é aluna de Doutorado, e busca compreender melhor os mecanismos neuro imunes relacionados à dor crônica.



Lili em sua foto de formatura, em Biomedicina, na Universidade Federal de Pernambuco.

Ela mesma vai nos contar um pouco dessa história:

“Nasci no Semiárido Pernambucano, lugar onde as políticas públicas são escassas, assim como a água e as oportunidades de ascender socialmente. Ou seja, lugar construído por desigualdades estruturais de gênero, raça e classe. Filha de uma agricultora familiar, mãe solo, sempre ouvi que “a educação é sua verdadeira herança, ninguém pode tomá-la de você.” Estudante de escola pública, andava quilômetros para estudar. Ainda no ensino médio, recebi medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Química e aos 14 anos fui aprovada no vestibular: um marco importante no meu processo de formação enquanto mulher, cientista e pesquisadora. A partir desse momento, enxerguei a possibilidade de romper as barreiras e o gosto pela Ciência despertou. Ao ingressar na Universidade Federal aos 16 anos, percebi que poderia contribuir para a transformação do mundo a partir da minha realidade. Aluna de iniciação científica na FIOCRUZ de Pernambuco, decidi ser cientista, construindo Educação e Ciência como formas de emancipação, de libertação e empoderamento. Ter acesso à Academia me fez despertar para um novo mundo de possibilidades. Desde lá até aqui, muitos foram os obstáculos: ser mulher, agrestina e estudante de escola pública me impôs muitas barreiras. Mas a persistência, as políticas de  inclusão e o conhecimento, atrelados à Ciência me fazem acreditar na possibilidade de um novo mundo, mais seguro e inclusivo para mulheres e meninas.”

 

Lili próxima à sua casa, no agreste pernambucano, em um caminho que fazia diariamente, a pé, para chegar até à escola.

 

Sua turma de Ensino Médio, comemorando o Dia da Água, nos fundos da escola. Havia chovido e estava tudo verdinho!

Período de Iniciação Científica na FIOCRUZ de Pernambuco (esquerda) / Lili, hoje doutoranda do CRID, aluna do prof. Thiago Cunha(direita)


Matéria realizada por: Andreza Urba, Laboratório de Inflamação e Dor - CRID & Flavio Martins, CRID - Difusão e Ensino
Fotos do arquivo CRID: Elidianne Aníbal, Laboratório de Inflamação e Dor - CRID

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