MULHERES DO CRID: Lugar de mulher é na ciência e onde mais ela quiser

“Devemos acreditar que somos talentosos para algumas coisas, e que essa coisa, a qualquer custo, deve ser alcançada.” (Marie Curie)
 

E quem melhor que Marie Curie para falar isso? Uma mulher que se destacou em seu tempo (início do século XX), conquistou seu espaço e fez história. Pioneira em estudos de radioatividade, foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, sendo também a primeira pessoa e a única mulher a ganhá-lo duas vezes, além de ser a única pessoa a ser premiada em dois campos científicos diferentes. Era uma polonesa naturalizada francesa, cientista em um tempo em que as principais obrigações de uma mulher eram as tarefas domésticas. Sabia muito bem o custo de suas escolhas. Mas ainda assim, manteve firme seu propósito de usar seu talento para melhorar o mundo e seus indivíduos (como ela disse certa vez), e de se emocionar “como criança”, segundo ela, a cada nova descoberta. E nós, mulheres, hoje, como estamos fazendo Ciência?

*Você pode saber mais sobre Marie Curie clicando nesse link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_Curie

Não podemos negar os avanços que tivemos! Hoje, homens e mulheres têm oportunidades iguais na Ciência, salários iguais (embora saibamos que não é assim em outros segmentos), e podemos citar muitas mulheres incríveis que têm contribuído imensamente para diferentes áreas do Conhecimento Científico. No entanto, ainda enfrentamos nossos próprios desafios: o machismo arraigado em algumas pessoas, estrutural talvez; o equilíbrio entre carreira, família e maternidade; a conquista do próprio espaço e identidade. Desafios que encaramos todos os dias com foco e resiliência. Lugar de mulher é onde ela quiser, e sim, há espaço para todas na Ciência!!

*Você pode saber mais sobre Mulheres na Ciência nesse link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulheres_na_ci%C3%AAncia

Aqui no CRID contamos com mulheres extraordinárias! Entre docentes, funcionárias de diferentes setores, alunas de pós graduação (mestrado e doutorado) e de iniciação científica, e pesquisadoras de pós doutorado, somos em aproximadamente 60. Essas mulheres fazem parte de 10 diferentes grupos de pesquisa e de inúmeras linhas de pesquisa em doenças inflamatórias. Representam majoritariamente 3 programas de pós graduação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto: Imunologia, Biologia Celular e Molecular e Farmacologia, além da atuação na área de Bioinformática junto à USP de São Paulo (prof. Helder Nakaya).

Temos o prazer de conviver com colegas de diferentes locais do país. São 14 Estados brasileiros representados: 3 da região Sudeste (SP, RJ e MG), 2 da região Centro Oeste (MT e GO), 2 da região Sul (PR e SC), 2 da região Norte (PA e AM) e 5 da região Nordeste (CE, PE, PB, MA e RN). 

E elas são lindas! Loiras, morenas, negras, cabelos de todos os tipos, todo jeito de ser! Algumas delas já são mães, e eventualmente, alegram nosso dia com seus bebês lindos nos fazendo uma visita.



Mas não importa de onde venham, como sejam, e todos os desafios que enfrentam no dia-a-dia. Elas são incríveis! Juntas, representam mais de 560 publicações científicas, das quais aproximadamente 200 já foram publicadas com o CRID. Além disso, já foram laureadas com quase 100 prêmios no total! Quase metade delas já tiveram oportunidade de trabalhar no exterior, participando de pesquisas nas maiores Universidades do mundo, em todos os continentes. Hoje, boa parte das pesquisadoras do CRID estão envolvidas em pesquisas pioneiras sobre a fisiopatologia e possíveis tratamentos para a COVID-19. Participam também de atividades de difusão do conhecimento científico, como o grupo União Pró Vacina (https://sites.usp.br/iearp/uniao-pro-vacina/), o programa Jovem Imunologista (que ensina conceitos de imunologia em escolas de educação básica) e o Ciência por Elas, que promove atividades voltadas ao incentivo de meninas na Ciência.

*Você pode saber mais sobre a estrutura do CRID nesse link: http://crid.fmrp.usp.br/media/BROCHURA_CRID_11_-_PT.pdf

Elas são tudo: mães, amigas, filhas, esposas, cientistas, elas mesmas.

Ao longo dessa semana, conheceremos algumas dessas mulheres e de suas histórias. Fique ligado!

Matéria realizada por: Andreza Urba, Laboratório de Inflamação e Dor - CRID & Flavio Martins, CRID - Difusão e Ensino
Fotos do arquivo CRID: Rosemeire Narozny Ribeiro, Seção de Documentação Científica - FMRP/USP